Na série de esculturas Anatomia do Sopro, eu utilizo como ponto de partida o poema de Augusto Serafim “Sopro Primeiro” para falar da criação do universo. Dispostas lado a lado como uma linha do tempo podemos ver a expansão do ar ganhar forma graças a técnica do Vidro soprado, onde através do aquecimento, ocorre a fundição do vidro que passa para o estado sólido. Esse processo de transformação da matéria ocorre todo o tempo, com explosões de estrelas, formação de células e agrupamento de partículas. Como  um estudo de movimentos, em escala microscópica ou espacial,  o sopro é tratado aqui como uma metáfora das transformações que regem a nossa existência.